Vídeo chocante revela ataque verbal a passageira que usava colar de contas, destacando a urgência de combater a intolerância
Na tarde de segunda-feira (15), um lamentável incidente de intolerância religiosa ocorreu na linha 2 do metrô de Salvador, entre as estações Pituaçu e Tamburugy. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um homem exaltado apontando e gritando com uma mulher que utilizava um colar de contas, símbolo tradicional em religiões de matriz africana.
Segundo o advogado da vítima, Bruno Moura, o ataque começou quando a mulher adentrou o vagão do metrô, sendo alvo de discurso de ódio direcionado às religiões de matriz africana, com ênfase no candomblé. O agressor a acusou de cultuar o diabo e denegriu a religião, alegando experiência passada e conhecimento sobre práticas supostamente maléficas.
Crédito: Tobias Muniz
A vítima, inicialmente, negou as acusações, mas diante da escalada da agressão, o agressor aumentou o tom de voz e apontou o dedo, como relatado pelo advogado.
Em resposta ao ocorrido, a CCR Metrô Bahia emitiu uma nota repudiando veementemente atos de intolerância e desrespeito, garantindo apoio através de sua equipe de Agentes de Atendimento e Segurança. A concessionária incentiva o registro de casos similares, comprometendo-se a colaborar integralmente com as autoridades nas investigações.
Também reagindo ao incidente, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi) condenou veementemente o ataque, acionando imediatamente a Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa. A Sepromi está fornecendo apoio à vítima por meio do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela.
A Sepromi reitera que a intolerância religiosa é um crime que deve ser punido conforme a legislação vigente. Este episódio destaca a urgência de uma união coletiva contra atos discriminatórios, promovendo a valorização da diversidade e protegendo os direitos fundamentais de todos os cidadãos.
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