Cantora soteropolitana é um dos grandes nomes da ascensão do axé e levou a música baiana para o mundo

Em meio às comemorações pelos 40 anos do axé music, o legado de Simone Moreno ganha destaque como uma das vozes que ajudaram a consolidar o gênero.
Natural de Salvador, a cantora começou sua trajetória nos anos 80 ao lado dos Novos Bárbaros. Em 1987, lançou “A Terra Tremeu”, faixa do álbum “Guerrilheiros Bárbaros”, que se tornou um fenômeno e rendeu a Simone um Disco de Ouro, com mais de 100 mil cópias vendidas. A canção virou um hino dos trios elétricos, marcando uma geração.

Nos anos 90, ela seguiu carreira solo e lançou o álbum Simone Moreno (1994), com músicas como Eh Moça e uma parceria com Gilberto Gil em “Palco”. Em 1995, lançou “Morena”, produzido por Pepeu Gomes, que trouxe sucessos como “Sambaê”. No mesmo ano, levou o axé ao Montreux Jazz Festival, um dos maiores eventos musicais do mundo.
No final da década, Simone se voltou para o samba e lançou “Manda Me Chamar” (1997), interpretando Paulinho da Viola com um toque baiano. Em 2000, revisitou Noel Rosa com. “Desde que o Samba é Samba”, mostrando sua versatilidade musical.

Em 2001, a cantora se mudou para a Suécia e iniciou uma nova fase da carreira. Em 2006, lançou “Samba Makossa”, que mesclava ritmos brasileiros com influências internacionais e contou com releituras de Jorge Ben Jor e Chico Science. Em 2011, apresentou “Planetas”, trazendo canções como “Janaína”, com referências afro-brasileiras. Já em 2017, lançou “På Svenska”, interpretando clássicos suecos com a energia do samba e do axé.

Mesmo longe do Brasil, Simone nunca perdeu suas raízes. Sua história se entrelaça com a trajetória do axé music, e seu nome permanece como um dos pilares desse movimento que colocou a Bahia no centro da música nacional.
Em 2025, quatro décadas após a explosão do axé, sua contribuição segue viva, provando que a batida que fez a terra tremer ainda ressoa pelo mundo.
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